O Instituto Mãos Amigas é um órgão sem fins lucrativos e que trabalha prestando assistência psicossocial a ouvidores de vozes (adultos e crianças diagnosticados com esquizofrenia), famílias em grave vulnerabilidade socioeconômica (muitas vezes encaminhadas pelo próprio CRAS/CREAS) e mulheres vítimas de violência domésticas.
Recentemente, esse Instituto realizou um parceria com outro órgão, o Aldeias Infantis, a fim de, pela primeira vez, atender refugiados venezuelanos. Esses refugiados têm uma peculiaridade: constituem-se na maioria por mulheres que, além de estarem experimentando o verdadeiro luto por terem perdido de um dia para outro familiares, amigos, suas casas, suas raízes, sua história... são mulheres que com uma média de 2 filhos, também sofrem ou sofreram algum tipo de abuso.
A fim de provocarmos a PIBAC para a reflexão sobre amor e indiferença, propusemos uma arrecadação de leite em pó para serem destinados a essas 16 famílias com mais de 30 crianças, a maioria na fase de amamentação.
Numa arrecadação recorde (segundo o histórico de nossa igreja), em menos de 10 dias já tínhamos mais de 65 kg de leite em pó, o que convertido em litros chegamos a quase 260 litros de leite. Isso permitirá que essa mulheres fiquem por um curto espaço de tempo com recursos para destinar a outras necessidades básicas como fraldas, medicamentos e até mesmo roupas e calçados.
Ajudamos porque compreendemos a urgência do evangelho em cuidar do próximo, ou por pura conveniência de um altruísmo de desencargo de consciência?
Se a fé sem obras é morta, como poderíamos fazer para evidenciar o "Cristo vive em mim", uma vez que Ele mesmo disse: "da-lhes vós de comer".
Gostaria de aproveitar esse espaço para agradecer de todo o coração pelo nobre gesto de tomada de cruz de cada irmã e irmão que pôde contribuir com suas doações. E em nome do Instituto Mãos Amigas, retransmitir o terno agradecimento pela sensibilidade em relação aos "protagonistas" que lá são atendidos.
Existem muitas outras necessidades, extremamente básicas, e não só material, mas também afetivas e espirituais. Quando fazemos a entrevista inicial de acolhimento (anamnese) descobrimos que muitos deles são evangélicos, mas estão vivendo seus piores pesadelos. Vamos continuar ajudando? Se o oposto de amor é indiferença, precisamos ter um "amor diferente" nesses tempos de egoísmo e insensibilidade.
Vamos abraçar de verdade nossos irmãos venezuelanos?
P essoas
I ncrivelmente
B oas, e que
A mam como
C risto amou!
Evandro Ribeiro